Sacro ofício.

"Acho que devo esclarecer o que seja Yajna ou sacrifício. E depois, voltarei a fazer o papel de Sócrates para encostá-lo contra a parede, até você ter um insight, uma experiência, uma vidência-evidência.
'Misericórdia quero, não holocausto (sacrifício)' - declarou Jesus. Como prova desta sua opção, certo dia, no templo de Jerusalém, quando estavam vendendo animais para os sacrifícios, derrubou bancas, soltou e afugentou pombos e ovelhas. Matar umNegrito animal para oferecer a Deus é simples; nada dispendioso, e um bom negócio: dava-se um cordeiro em troca de uma 'graça'.
O único animal que Cristo quer que ofereçamos é o nosso ego inferior, o criador e mantenedor de apegos, ciúmes, desejos, rixas, preocupações, reivindicações, cavilações, mesquinharias, ressentimentos, vinditas, mexericos, ansiedades, rejeições, aversões, zangas, ódios, vaidades, orgulhos... e a grande demonstração de que já não amamos o ego e a tudo aquilo que o ego ama, mas que, acima de tudo amamos a Deus, foi-nos dada por Abraão, quando chegou a levantar o punhal para sacrificar a Deus o que possuía de melhor - seu filho.
Tendo passado na grande prova, Abraão teve suspensa a mão armada contra Isaac. Deus tivera a prova. O amor de Deus fora o grande vencedor. S. A. Kierkegaard, filósofo existencialista cristão, comenta: 'Só quem levanta a mão consegue salvar Isaac.'
'Deus proverá' aquilo que necessitamos, na medida em que nos entregamos absoluta e totalmente a Ele. Conta São João da Cruz , o grande Yogui cristão, que um homem estava suspenso sobre um precipício, agarrando-se aflitamente a uma raiz de árvore. Na noite escura ouviu uma voz, que ainda da borda do precipício dizia: ' Segura minha mão. Vou te salvar'. O homem fez o que é natural e normal fazer: continuando seguro por uma das mãos, estirou a outra. A voz disse-lhe então: 'Só te posso salvar se me deres as tuas duas mãos de uma vez'.
O dar das mãos juntas representa duas atitudes existenciais que os mestres da Índia proclamam como essenciais: Ishvarapranidana ou entregar-nos ou render-nos a Deus em termos de totalidade; e Shradha, absoluta fé. Uma das mãos é a auto-entrega. A outra, a fé.
Estas duas condições, raríssimos seres humanos as têm desenvolvido. A nós o que nos cabe é desenvolvê-las ao longo de cada dia, no curso da nossa existência, Ninguém nasce com a disposição de Abraão. Ela pode crescer dentro de nós, mediante o cultivo da Yajna, isto é, a prática de sacrifícios pequeninos e quotidianos."


Trecho do livro Superação, Prof. Hermógenes. Págs 188 e 189.

Climbing up the walls

O álcool pode arder enquanto a ferida ainda está aberta, mas é sempre uma questão de tempo pois com tamanha imunidade e poder, logo logo a chaga estará curada. Minha estupidez pode morar tanto no reflexo facial do espelho, quanto nas cartas que nunca foram enviadas e que a essa altura do campeonato até o próprio serviço de envio cansou que querer mandar qualquer coisa. Dirijo enquanto penso, assino com traços de movimentos e curvas no meu pensamento, um certo ritmo que não vem dos auto falantes, nem de qualquer lugar nenhum no veículo ou no país, mas a sinfonia é leve.
Posso considerar que muitas vezes que o que se passa por dentro não é necessariamente algo memorável ou tolo. Muitas pode ser sim como um cinza sem graça, mas que até sendo este pode tornar mais agradável ou inocente uma simples tarde de segunda feira.
Existem dias preferidos, não é preciso descobrir tudo. O pensar é lâmina no vácuo e isso corta mesmo muitas coisas.
Você sente dores, agora?


Guardo tudo só pra mim, não tenho mais medo. Toda a minha fala repetida só poderia tornar-se cada vez mais fútil e superficial. Não é necessário mais causas, o mundo já é uma ilha. Eclipes atingem a minha medula e a medula dos emaranhados. Vulcanizações acontecem e é até mesmo necessário permitir. Deixa estar, não espanta não.




Quero continuar perdendo o medo, e encontrando os anjos! Just it.















And keep walk, but love first!