Librianismos

Estamos seguindo a solaridade libriana nesses últimos dias e até meados de outubro. Como se não bastasse, diversos planetas fazendo conexão cósmica no céu pra dizer o que nós, humanos, insistimos às vezes em esquecer, seja por medo, por raiva, por desapontamento, apatia, loucura, indiferença, por qualquer coisa, o quanto somos cegos e não enxergamos a importância dos relacionamentos, surgindo a necessidade de restabelecer laços mais tranquilos, livres, equilibrados. Nada que sufoque, nada que desfoque. O que se deve também ao relacionamento com nós mesmos, à importância das nossas verdadeiras necessidades e o nosso relacionamento com o mundo. É a apresentação do belo nas nossas relações.
Mas se tratando dessa energia chamada do equilíbrio, da beleza, do amor... da harmonia, nada mais é do a linda sinfonia do belo, transformado, traduzido em linhas estéticas, mas também no traço do relacionamento, da dança das emoções conjuntas, que formam, conscientes ou não a trama dos acontecimentos, dos padecimentos, dos amores; coisas de libra.
Librianismos, eu diria que nada mais é do que a busca incessante pela harmonização do mundo, das coisas, das vontades. É o chamado tudo pode, mas nem tudo se deve, da liberdade do corpo pela liberdade da mente, da abertura mental, da juventude, da sopro de vida.


Arabescos

AMania fraudulenta de deixar marcas,
rastros de perfume,
fios de cabelo pelo chão.

Serpente que se arrasta
e se esconde.

Um like de si
levemente gaseificado
flutuante.

Algo brilha estrela solta
vontade toda a todo instante
clínica de loucos pra consertar
os doentes
e os inconsequentes
patológicos
de sucos de frutas
de amor.

Deixa o que tiver de ser, será.
Deixa o que tiver de ser.

Our

Uma angústia verde me invade feito nuvem
Desejando os tempos retrógrados de antes de ontem
Enquanto ensaio um novo texto
Pra quando deitar.

O dia me chama sem pronunciar meu nome
Sem dizer que a palavra é detentora de tanto poder
Se esquecer que lágrimas rolarão
In ou out.

Sorrio
Sou só, sorrisos.
Sendou eu vocês
Ou não.

Algo dentro de mim não reclama mais
Não diz o que deve ser esquecido
Nem proclama o que há em escuridão
Mas salva-se
Do mar morto de mim mesmo
Das obviedades que moram aqui
Dentro de "nós".