Moan.

Quanto mais convicta a respeito de alguma coisa me sinto, mas distante de alguma verdade sei que permaneço. Os dias tem sido iguais em sua alegoria, mas diferentes e distantes em sua essência. Cansei de me expôr. Cansei de fantasiar uma realidade sórdida que eu mesma insistia em mantê-la dentro da vitrine moderna chamada de internet, que, dentro do contexto no qual eu vivo, se torna uma arma ainda mais poderosa de iludição, de deturpação e aprisionamento. Cansei de não ser quem eu sou.
Essas afirmações tão amargas parecem vindas de um coração empedrado, que nunca pensou antes em ser água, lânguido e profundo. Mas pois bem, não é bem assim. É apenas como aos meus vinte e seis anos de idade, ando me sentindo um pouco antipática a respeito de velhos hábitos que carrego a algum tempo e que de todas as formas já não podem mais pertencer a quem sou, ao meu eu do presente e aos meus eus futuros que virão. Daí, isso é o primeiro passo na derrubada do muro de Berlim de mim mesma, eu que sempre fui a defensora da quebra dos conceitos, dos hábitos enraizados, daquilo que é de efeito moral e contraditório. Cansei dos meus dizeres, dos meus conselhos e das minhas frases pré programadas. Cansei de pensar e de tentar fazer as pessoas ao meu redos pensarem também. Sei o meu sentido de missão pessoal, mas até isso a gente cansa.

Hoje a vontade é de permanecer calada. Desativei todas as minhas contas de redes de relacionamentos. Definitivamente acho aquilo inútil pra mim nesse momento e agora entendo as pessoas que faziam isso e eu achava super blasé e sem sentido. Não quero mais ser vista. Não quero mais ser acompanhanda nem me deixar levar por conceituações terceiras. Ando vulnerável. Ando tentando reconhecer coisas que de fato ainda lembram a mim mesma, coisas como as canções que eu ouço aqui, sozinha, no âmbito familiar do meu quarto e que de vez em quando posto aqui nesse blog, o único mural virtual que não consegui (ainda) me desfazer. Mas que não permanecerá imune se um dia essa vontade aparecer.

Saturnine anda rouca de tanto falar. Saudosa de suas práticas meditativas e da leitura de seus textos búdicos. Jack Kerouac anda salvando mesmo, principalmente agora que Saturno chegou pra ficar. Mesmo amando também as interpretações astrológicas, não penso que com elas irei encloquecer...risos, mas apenas uma vez me indisponho a qualquer vestimenta que por acaso possa sair da redoma das coisas que tenham a ver comigo antes mesmo de eu nascer.

Acho que estou de fato aprendendo o que é ser adulta no mundo de crianças velhas. Mentes cheias de falta de próposito de irresponsabilidades pra dar e vender. E quem sou eu no meio desse turbilhão todo? Alguma lunática, provavelmente, pois não há nem sentido em procurar sentido nas coisas. Só gosto mesmo é de ser profunda. Mas sem afogar-me em minhas próprias águas.

Mein Gott!


I’ve been thinking too much about you

See the sunset with no sleep at all
Constantly thinking about you
And I can’t get through this at all

I’ve been thinking too much about you
I’ve been staring at the floor
I’ve listened to all the tunes I love
but made me feel quite blue

I’ve been thinking too much about you
See the sunrise still no sleep at all
Constantly thinking about you
And my eyelids won’t close at all




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Habla!