Sweet tides.

Não disperdiço mais corações na busca de coisas à toa apenas porque a vida me canta seus salmos durante todas as manhãs. Descobri o que há por detrás das cortinas dos rostos pálidos, nos sorrisos sem graças e nos gestos de carinhos que podem me corromper. Mas não, não há nada demais nisso. Algo segue puro sem interferência e eu posso me compensar nisso. Algo como indolência ou selvageria deixa que o coração permaneça sem sopro, sem soluço, com as pernas intactas e perdendo o medo de mancar. Apenas despertando seu desejo de se doar.

Hoje é segunda. E eu adoro segundas-feiras. O gás toma conta de mim e lembro sempre de que nada está fora do lugar, do quanto as coisas realmente fazem sentido e do quanto eu posso amar indiscriminadamente. Até mesmo de quem não perto de mim está. Acho que o verdadeiro sentido amoroso se encontra aí.

"Mas eu nunca encontrei ninguém assim. E nem sei se vou encontrar."
"Busco a lealdade. Sou que nem cão labrador."
"Pra mim o que importa é a confiança. Não desejo prender ninguém."
"Eu seria incapaz de privar alguém de fazer as coisas que gosta."

Falava-se na mesma coisa, concordaram plenamente mas nem se deram conta disso. Pois são também cegos em algum nível, há algo que não conseguiu se enxergar.

Metida no meio dessa realidade cíclica, percebo que dentro da cadeia dos acontecimentos, há algo meu e seu que nunca morre, algo que não pertence a ninguém e que teimamos em procurar debaixo de algum som, na pele de alguém que gostamos, na boca e no desejo rouco de alguém que nos atrai. Poderia morar também, naquele lugar onde meus sonhos habitam, ou naqueles onde meus pesadelos jazem em paz. A vontade e a percepção ampliam esse sentido de viver, e as ondas que me levam aonde eu quero... ficam mais poderosas. Trens-bala da vontade minha única.

Vivo então as coisas todas bem permitidas. Sem medo de se feliz ou de ser passiva de interpretações, medo é coisa de humano. Pros fracos, paralisia. Pros que são mais fortes, mola impulsionadora.

Posso amar, viver, doar-me sem medo. Pois já algum tempo atrás aprendi o que era ser feliz. Sem precisar das correntes.



Já me libertei.
Vamos?

























Saturnine, quantas de você há nesse momento?
Muitas... várias... e todas querendo falar ao mesmo tempo.



And you there: can listen me?

1 comentários:

Saturnine disse...

Avante Buscadores! A interface da vida pede novas atualizações e no meu caso... uma nova já está operando! ;*

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Habla!