Songs about resistence. Play Moby!

Falar sobre a santa Resistência seria como falar sobre uma insana Existência. Bastariam-me autênticos ouvidos e olhos vidrados pra tecer algo sobre isso. Mas a alma deseja mais do que simples atenção. Percebi que além do decidir, o sem nexo em mim no caso é permanecer.
Não consigo parar. Já tem um tempo que certa figura abastece meus sonhos e enriquece meus pensamentos com piadas mal feitas ou uma certa arrogância, algumas coisas que me tiram do sério e outras que me fazem desejar imensamente. Mas tudo sempre de uma certa forma, e não de uma hora pra outra, envia-se a um ponto culminante no qual eu não consigo tingir, transpassar, ultrapassar. Não há brecha, uma lacuninha sequer. Apenas fico vendo e agora eu tinho de virar as costas.

Mejor do que desistir, é re-existir.













Day-Light.

Antigamente precisava de alguém com um caminhão vazio pra poder vir me buscar. Eu me espalhava toda e tanto, que quanto mais espalhava, mais de espaço precisava. Eram tantas lágrimas, tantos caprichos, tantas coisas inventadas por mim mesma que não dava pra entrar num carro de passeio. Como tempo isso foi mudando. Mas não mudaram o sentido da decepção.
Entrei numa sala que tinha uma porta entreaberta achando que ia encontrar certo sentido pras coisas. Fiz figurinha com as imagens e as pessoas que achei, mas nada muito caricato. Num efeito polaroid, depois de um tempo tudo voltou a ser sério e impiedoso, triste e melancólico. Muitos sorrisos haviam sumido dos rostos e muitos outros rostos também.
Meu poder de indecisão hoje em dia continua afiado e sei que dificilmente muito dele irá mudar, algo chamado natureza pouco muda, mesmo que se passe a vida inteira tentando. Eu acho que chamaria de carma; enfim, qualquer nome não importa quando não se consegue sair dele mesmo. Agora não quero que ninguém nem nenhum caminhão venha me encontrar. Não quero escutar qualquer voz que seja, nem mesmo as roucas. Não tenho telefone pra não ter que atendê-lo, não sei como vão estar os meus próximos cinco minutos. Tudo tão quente! Tudo tão impermanente! Tudo tão passivo de interpretação que por enquanto prefiro isolar as minhas. Rolam papos psicológicos de vez em quando. Nada muito formal, tudo fora do divã, mas servem. E eu sirvo com o sorriso praqueles que sabem lê-los. Praqueles que acreditam nas fadas, nos anjos e nos seres de luz. Eles existem. Os vejo o tempo todo.




Ela fechou a porta. Não quis saber se alguém ia bater ou tocar a campainha. Simplesmente fechou a porta e por algum tempo permaneceu assim, reclusa, trancada. E mesmo fechando a porta encontrou uma janelinha aberta... de onde pode ver o céu, o sol... por onde pôde sair e vagar por entre as nuvens assim a tarde percebendo que estas não teimam em exuberar sombras, em delinear as cores; mas em transformar o céu num espetáculo.






Blame on the Black Star
Blame on the falling sky
Blame it on the satellite
That beams me home...









Picture By Saturnine.







*


Ah, o BOB!
















Picture By Bob Richardson (fashion photographer).

Sol em conjunção com Lua natal.

Quando pensei sobre o que seria o amor, não imaginei que ele viesse em uma nave interestelar nem que já tivesse pousado no meu porta aviões muito antes. A vida prega peças e eu encaixo todas elas em um momento de fato, algo guardado que se revela solto, e que por muitas vezes deseja sair e voar... voaaaaaaaaaaaaar!
Não sinto mais aquela vontade de sair por aí deixando os pedaços do meu coração por onde passar. Apenas porque ele não está deveras despedaçado. Encontrei uma cola, e mesmo sabendo que não vai grudar pra sempre, ela segura, e deixa algo de meu melhor não sair assim, aleatoriamente.
Alguém conseguiu me fazer desfazer o disfarce. Me deixou em branco, no claro, assim sem mais nem menos. E eu gostei, tô gostando... Tenho um monte de asas aqui agora. Só não há delivery pra esas coisas, mas se você quiser eu posso te emprestar umas minhas pra gente plainar pelo meu céu um pouco... mesmo sabendo (e precisando) da força e da sombra das tuas.
O que vem é que é e nada mais.




Não admiro as paixões que trazem sombra...
O que desejo são janelas abertas... ventaniaaaaaaaaa...


Deixo o Sol na minha Lua entrar!





Picture By Rodrigo Bela Vista -
Céu nublado, lá em cima

present

Pelo caminho dos olhos de uma menina
que no reflexo , se vêem ursos , pontes, arcos, e construções.
paira em plena beleza,
de uma doce memória.
inexplicável,
sangue,
puro,
e neuro linguística.

marca, apresenta os passoa de sua dança.
encurta, sua saga.

odara, saudara.
mundana e interiorana.
calmaria permenante
de uma força inabalável.

vá coração.
vôe pro frio,
volte pra onde, você quer.
você está lá.
sempre esteve.
pulsante. saudoso.
sensato.






presente.




by Jailson Filho
www.palavrasperfeitas.blogspot.com

Little Silence.

A felicidade está em qualquer canto, em qualquer dança, num vaso, numa planta ou num domínio aparente do absurdo ou em bengaladas que te acordam pro relativo. Sentir dor não é necessariamente um indício de tristeza, de desamor ou de sofrimento. Pode ser apenas demonstração de se estar vivo, presente e tendo oportunidade de apreciar a infinita dança cósmica que se apresenta a qualquer instante. Tive sonhos reveladores, inpirações divinas. Ando distante de um mundanismo (no meu maior preconceito), mas muito perto de mim mesma. Cuidado, ando pior do que um oráculo...! O amor se revelou da verdadeira forma que havia de se revelar, e eu não mais acordei no escuro. As pessoas reclamam, pedem, mas eu só quero falar menos, pensar menos pra viver..


O nada que o tudo pertence... tem me invadido mais e mais...

Reflections of a skyline




Ganhei umas plantinhas. E perdi meu coração.

Queen Harmony

Ciao. Penso que me livrei desse teu suspiro atormentado. Sim, penso que me livrei de algum peso procedente, apenas por haver a entrega magistral do que se é, do perdão a si mesmo.
O que vi parecia erro, o que vi parecia acerto, e o que vejo agora não me parece com nada que não seja uma canção nova que fala da energia criadora do universo.
Me perco por entre as vibrações terrenas, me elevo até o último nível conhecido, transcendo dentro dessa meiguice guardada do teu olhar, do teu vazio, do teu quase verdadeiro amor.
Guardo um pouco do que se é de fato, ou se fato é o que é! Falo, calo, usualy: calo calo calo! Aqui, não há medo de más interpretações. Apenas silencio...
Deixo pros milhões de braços, os abraços que deseja dar.
Sem âncora no coração... Apenas velas ao vento. Nível turbo máximo: desapego!





:)

Esse é o reino da Harmonia!






... eu abri o meu salão... pressas folhas secas no chão... e deixei todo vento entrar...

Desmaterializando a não-matéria.


O que fazer quando encontro o cume da tua voz

Quando consigo entortar árvores sem machucar alguém

E colorir a minha vida sem o teu sorriso?

Deixo que o acaso domine tudo

E a vida pareça mais leve

Onde as nuvens têm vez

Até quando densas

Até quando dançam

Ou quando vem chuva até os meus pés.

Canções e melodia tocam o tempo todo

Escuto mais a batida de um coração

Algo que vem de dentro

Desmaterializando brutal.




Picture By George Mendonza

Cosmic Tongue.

Desejo. Necessidade. Vontade.

Ardo na volúpia de momentos insanos
Busco refúgio em palavras ditas
Vôo em pensamentos.
A luz que me ilumina chega a cegar
Cheia de poeira cósmica
Da qual eu não tardei
Em me acostumar.
Sinto teu sorriso de longe
Como se fosse um carma
Uma vontade
Necessidade
Coisa que eu consigo sim explicar
Mas é maior que qualquer
Antes.
Desejo
É o novo nome do meu corpo
O novo nome do meu cérebro
Que se propagou no tempo
E em qualquer espaço
Porque distância
É pouco pra mim.
Faço arte como quem busca borboletas
Dança na chuva
Ou vive estranhamente
Intensamente
Insanamente.
Pois do meu querer é que se fez
A vida
O existir
É meu e teu:
No que faço.

Picture by El Trio Fotografia.