Entrega

Continuo esticando o sol pra ver se ele me dá alguma sombra e água fresca. Pote de ouro no final do arco-íris. Minha cabeça ferve como se não houvesse mais nenhuma cabeça no mundo e eu tivesse que pensar, pensar e repensar sobre tudo, numa aula de trilogismos incessantes, hermeticando o que ainda é aparentemente fora do progresso. Presenteísmos, já!
A saudade é coisa inventada depois da tristeza. Há sempre algum motivo pra cair no buraco, remoer e deixar tomar de conta alguma pungência. Melhor seria buscar muros de proteção e gases como curativo, pois qualquer coração é de vidro, quebra corta e se sangra.
Eu sangro todo dia também, igual ao ser amado da minha mente, igual ao amor incondicional que encontrei perdida dentro de algum mundo meu. Sendo assim, qualquer vislumbre é vantagem e eu to sempre assim. Não é só por hoje.


Vive-se a arte de ser. E quando morrer?





Algum cabelo continuará emaranhado pra que eu possa tocá-lo? Alguma pele continuará a ser toque só pra que eu possa sê-la?
Quando criei asas, muito antes dos pés, decidi que algo deveria correr solto antes de mim, antes mesmo de que alguma alma peque ou se redima, tanto faz, pois alegria mesmo é deixar a rendição e entregar-se.






















Continue andando...

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