A saudade é coisa inventada depois da tristeza. Há sempre algum motivo pra cair no buraco, remoer e deixar tomar de conta alguma pungência. Melhor seria buscar muros de proteção e gases como curativo, pois qualquer coração é de vidro, quebra corta e se sangra.
Eu sangro todo dia também, igual ao ser amado da minha mente, igual ao amor incondicional que encontrei perdida dentro de algum mundo meu. Sendo assim, qualquer vislumbre é vantagem e eu to sempre assim. Não é só por hoje.
Vive-se a arte de ser. E quando morrer?
Algum cabelo continuará emaranhado pra que eu possa tocá-lo? Alguma pele continuará a ser toque só pra que eu possa sê-la?
Quando criei asas, muito antes dos pés, decidi que algo deveria correr solto antes de mim, antes mesmo de que alguma alma peque ou se redima, tanto faz, pois alegria mesmo é deixar a rendição e entregar-se.
Continue andando...
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