e um outro dia já vai dormir...

O silêncio é desejado mesmo quando não quer que se cale. Ele diz algo que não queremos saber, mas que me mesmo assim reflete algo dito no espelho do coração. A dúvida, divina estranha permeia em campos por vezes percorridos e desbravados. Mas não nem nunca conquistado. Que ser assim nunca deve. A arte do mistério consiste no nada que ainda não foi. No aquilo que pode sempre vir a ser.




Fico pensando no que há por detrás das pessoas, por detrás dos olhares. Daquele gesto que te convenceu que o mundo deveria nascer dali. Do teu pra sempre tão imediato quanto como reverberações de amor, as canções e os dizeres mais doces, oriundos apenas de certos momentos. Às vezes se multiplicam as faces. Às vezes se grita por dentro. Por diversos hábitos eu descobri que o mesmo que me mata pode me amar e eu estar inteira dentro dele. O amor, como porta entreaberta fica a me estreitar numa rinha de sonhos, dias perdidos e achados, gostos, manias e saudades. Algo mais sempre fica por aqui e não é estranho. Miríade dos anjos.


Sit down on the corner just a little climb
When I make my money got to get my dime
Sit down with her baby wind is full of trash
She bold as the street light dark and sweet as hash
Way down in the hollow leavin' so soon
Oh St. Teresa higher than the moon
Reach down for the sweet stuff when she looks at me
I know any man sees you like I see
Follow down the side street movin' single file
She say...
That's where I'll hold you, sleeping like a child
Way down in the hollow, leavin' so soon
Oh, St. Teresa, higher than the moon
Just what I've been needin', feel it rise in me
She say...
Every stone a story, like a rosary
Corner St. Teresa, just a little crime
When I make my money, got to get my dime
Way down in the hollow, leavin' so soon
Oh, St. Teresa, higher than the moon
You called up in the sky
You called up in the clouds
Is there something you forgot to tell me...
tell me, tell me, tell me, tell me, tell me
Show me my Teresa, feel it rise in me
Every stone a story, like a rosary

Algo que ainda pulsa (ou que o valha).

Não tenho medo do destino, nem do que diz a minha intuição. Por vezes se alinham caminham, perturbando uma certa paz aparente, e deixando alguns corações balançados ou com um meio rubro. Algo que se percebe logo e muita gente tenta disfarçar, negando palavras, ligações, gestos ou algo que o valha.
A madrugada ainda é fria mesmo estando ao lado de certos corpos quentes. A noite permite seus dissabores com gemidos e pedidos de socorro disfarçados de promessas de um(a) (a)manhã mais cheia(o) de luz;
Eu apenas me abrigo no peito daquele que um dia de mim lembrou, fazendo diferença no espaço, e deliberando pensamentos.
Algo que pulsa







e uma cabeça que pensa.








Continue andando...








I fear no fate, or my intuition says.
Sometimes align walk, upsetting some apparent peace
and leaving some hearts or balanced with a medium red.
Something that many people realize soon and try to disguise
and deny words,
links, gestures or something of that sort.
Dawn is still cold even standing next to some hot bodies.
The night allows his disappointment with groans
and cries for help disguised as promises of fuller morning (the) light.
I just under the breast of him that reminded me of one day making
a difference in a space,
acting and thinking.

something thats still beats (or that sort).



Misericórdia


EGOÍSMO;

o Yoga nos diz que a intensidade de pegos e rejeições depende da intensidade com que somos egoístas. Se Asmita (o eg oísmo), que é progenitor robusto, sua prole - Raga e Dvesha - por herança natural, não pode ser débil. Apegos e rejeições tem a mema punjança do ego a quem servem do qual nasceram e se nutrem. A ambivalência afetiva de Pedro tem a mesma força do próprio Pedro, do Pedro que se supõe a pessoa que sempre deve curtir tudo o que gosta; do Pedro que, ainda que inconscientemente, se considera o que há de mais importante, sagrado e intocável em toda galáxia; do Pedro doente de egosclerose, que fala muito de si, que, com excessiva intensidade, curte aquilo que o conforta, fortalece e agrada e com a mesma intensidade detesta e mesmo odeia o que desconforta, enfraquece e desagrada; do Pedro que ainda não sabe o que é compaixão, empatia, caridade, amor...; do Pedro que, acreditando que ama, embora inconscientemente só tem querido possuir, coisificar, assumir os outros; do Pedro que ainda não parou para refletir e perceber que precisa reduzir, ou desativar seu ego reivindicante, apaixonado, ansioso, demasiadamente severo consigo mesmo, e ao mesmo tempo calamitosamente compadecido de si mesmo; do Pedro qu não separa uma parte do seu tempo, de seus talentos de suas energias para servir - sem ego - aos necessitados; do Pedro que, embora inteligente para a sua profissão e conhecedor de alguma ciência humana, nada sabe sobre a ua verdadeira essência.

O Pedro que tanto reivindica não é um sofredor ambivalente. É aquilo que a ignorância (Avidya) tem impedido de ver o que é: EU SOU.



HUMILDAÇÃO:

Caro amigo, não vejo saída para seu caso (para o meu, para o caso de todos) senão uma eficiente humildação. Veja bem: não digo humilhação. Desta, Deus nos defenda.
Humildação é o processo no qual voluntária e conscientemente rendemos progressivamente nosso ego inferior (Asmita) às mãos cósmicas do ser, do EU SOU. Humildação é o destronamento do ego, mas imposto por pessoas ou circunstâncias estranhas. Humildação é o sacrificar do ego por decisão inteligente e santa. Nosso drama dura aquilo que o causa - a ignorância, que cria nutre o ego. Enquanto dizemos - eu sou Pedro. Impedimos o Ser, que somos, de assumir o Reino Interno. Desde que, pela meditação, pela oração, mantrans, vigilância, renúncia, caridade verdadeira, amor, devoção, introspecção "quem eu sou", e pela auto-entrega, começamos a adegalçar os grossos paredões da fortalez com qual temos defendido o ego. É assim que vamos nos capacitando de que já não somos vítimas de tensões, ansiedade, angústias, pré-ocupações, ressentimentos, já não somos movidos por apaixonados apegos e desvairado rancores. É dessa maneira que, pela humildação, coseguimos superar uma torturante ambivalência afetiva.
Experimente reduzir suas aflitivas pretensões de ser mais feliz, Reduza seu medo a não ser feliz. Reduza seu projeto pessoal de ganhos, vitórias, afirmações... Não espere demais de sua noiva nem de nenhum ser humano, inclusive de você. Não continue tão reivindicante seja para o gozar, seja para o não sofrer. Assim é que você fará uma brecha na caixa de ressonância ou desativará o amplificador de emoções - seu ego.



EGOCENTRISMO;

Noto que você tem se concentrado demasiadamente sobre si mesmo. Você está de tal forma auto centrado, obssessivamente fixados em seus apegos e aversões, tão pós-ocupado com sua vida passada em extravagante curtições de gozo e vícios, e ao mesmo tempo tão pré-ocupado com o que poderá vir a ser a sua futura vida de homem casado, que se vê esmagado por muita toneladas de padecimento. A humildação que lhe proponho e que consiste em mudar o centro do universo, que tem sido seu ego, é que poderá aliviar a carga, que terminará por ficar largada no chão, e você, livre.

Dê uma nobre e espiritual expansão de suas energias. Não mais as concentre em problemas do passado ou do futuro. Viva agora. Você já se conscientizou dos erros que cometeu e que está arrependido. Isto basta. Não fique revolvendo o lodo.



ARREPENDIMENTO;

Arrependimento é essencial no encontro com Deus. Consiste em mudar o rumo dos nossos desejos,aspirações, nossas motivações interiores, de nossos ideais, de nossas idéias e convicções, de nossas buscas e metas; implica uma revisão de nossa escala de valores. Arrependemo-nos quando decidimos definitivamente a caminhar num rumo oposto ao anterior. Se antes buscávamos os valores do mundo, agora queremos chegar a Deus. Se antes gostávamos da matéria, agora optamos pelo Espírito. Se éramos egoístas, agora amamos o próximo. Se ontem dávamos pérolas aos porcos, hoje oferecemo-las ao Senhor. Vivíamos para Mamon, agora para o Cristo. No arrependimento não devem entrar remorsos daninhos, isto é, pós-ocupações depressivas. Arrependimento é uma reforma da mente. São Paulo recomendava: "Sede transformados por reformades vossas mentes" (Romanos 12:2). Efetuada essa mudança na mente, sincera e decisivamente arrependido, ainda que tenha sido o maior dos pecadores, o individuo segue o libertador perdão, pois Deus dá uma festa para receber qualquer dos seus filhos que se tenha efetivamente arrependido.


Trecho do livro Superação. Prof. Hermógenes.





Empty world full

Mercúrio sai da retrogradação e as coisas realmente parecem estar mais fluidas. O pensamento mais fluida. A mente mais fluida. A comunicação mais fluida. E conseqüentemente as relações mais fluidas também. Nada como um bom diálogo.

E eu começo a entender uma porrada de coisas que começam a fazer sentido aqui aí e em todos os lugares, os jornais, tudo melhora e parece que a resposta sempre esteve ali. Mas de fato esteve ali, eu era que andava meio perdida, meio paranóica, cheia de tpm e motivos pra continuar na minha zona de conforto e não fazer esforço nenhum pra mudar o meu corpo minha mente minhas atitudes minha idéias..
Mas nada é em vão. Todos os dias são segundas feira e eu posso começar a dieta hoje, agora. Nada melhor do que o aqui pra decidir por si mesmo, pra dar adeus a preguiça e aos pensamentos negativos. Pra deixar pra trás aquelas manias pitorescas de envenenar a mente ou o corpo com toques suspeitos e lembranças nocivas. Que só nós sabemos a quem estes dão de comer.

Eu esvazio meu mundo. Pra poder me caber. O momento é love. love_se.


LOVE_SE.

Um link de nós.

E tudo é tão passivo de interpretações que se torna apenas pontos de vista. gavetas etiquetadas em um inconsciente tão presente que assusta. Mas não muda. Aquelas vozes que sempre ressoam dentro da minha cabeça antes de dormir, é coisa que não se enxerga mais, apenas entende que elas existem e devem permanecer ali por algum tempo.


A um tempo atrás eu sonhei com arroz. Sonhei com água turva, escura. Hoje já sonho com elas mais transparentes e limpas, sonhando sonhando... O arroz cai de baixo pra cima e me lembra que a vida, nada mais é do que essa manifestação de sonho, onde moram todas as minhas possibilidades de ser alguém ou algo que se sempre quis.

algo me foi dado antes de eu nascer. algo que me fizesse sempre precisar do que é mais precisoso nas pessoas. inclusive em mim mesma.


Sou vicidada em supra sumo óbvios eloquentes e FASCINANTES das pessoas. É por isso que gosto tanto delas. É um link de nós.













continue andando....

waking life.

"Me recuso a ver o existencialismo como apenas mais um modismo ou uma curiosidade histórica porque ele tem algo importante para oferecer no novo século. Acho que estamos perdendo as virtudes de vivermos apaixonadamente, de assumirmos a nossa responsabilidade por quem somos, de realizar algo e nos sentirmos bem em relação à vida. O existencialismo é às vezes, visto como a filosofia do desespero, mas penso que ele é justamente o contrário. Sartre disse, certa vez, que nunca teve um dia de desespero em sua vida. O que os pensadores nos ensinam não é tanto uma sensação de angústia, mas sim de exuberantes sensações. Como se sua vida fosse sua obra a ser criada. Eu li os pós-modernos com interesse, com admiração até. Mas sempre tenho uma péssima e incômoda sensação de que algo essencial está sendo deixado de fora. Quanto mais se fala sobre o ser humano como uma construtor social ou uma confluência de forças, ou como um fragmentado ou marginalizado, abre-se todo o universo de desculpas. Quando Sartre fala de responsabilidade, não é abstrato. Não se trata de um tipo de eu ou de alma que tratam os teólogos. É algo concreto. Somos nós, falando, tomando decisões, assumindo as consequências. Há 6 bilhões de pessoas no mundo, é verdade. No entanto, suas ações fazem diferença. Fazem diferença em termos materiais e fazem diferença para outras pessoas. Servem de exemplo. A mensagem é: não devemos jamais nos eximir e nos vermos como vítimas de várias forças. Quem somos nós é sempre uma decisão nossa."




Texto extraído do filme "Waking life".

2+2=5

Alinhar ao centro

Amor é dar aquilo que não se tem, aquele que não pediu.

Uma lágrima caiu em meio a uma meditação tardia que esperava por acontecer inconscientemente há bastante tempo. Certas reações me caem como uma luva no que diz repeito a comportamentos imprevisíveis. necessidades de agradar agora são menores quando o que grita mais alto é o coração. Meu sentimento de segurança é falso, visto que em outros momentos seria mais difícil obtê-lo. Na verdade, ele sempre esteve ali em forma de outro sentimento, mendigando para ser transformado. Sensação de poder é pura ilusão constatado que o leme não sou eu quem tomo conta, meu privilégio apenas é de vê-lo distante. Algo não morre em mim: renasce.
O medo, como aditivo pra vida, me enobrece e me soa algumas alegorias (e analogias).
A fala é aveludada e os gestos precisos.
Preciso pedir perdão até quando estou certa.
Sou aventureira, tô aqui só de passagem. Como poderia então a vida não ser mais preciosa se tão Somente não fosse me dada a função de me tornar um filtro?
Somos um filtro de sensações que tanto queremos ter (sendo que apenas se pode ser). Uma pena.
Conversamos sobre o medo e auto boicote. Aonde começaremos a agir?
As cartas contínuamente continuam a me dizer a não bancar a esperta, a permanecer neutra, pois assim como a pungência da dor, a euforia da alegria também é passageira.




SEJAMOS RIO.














"Até tornar-se remanso, o rio quebra-se na corredeira." Hermógenes

start again: auto-definição: vale a pena ver de novo.

Creio que é muita pretensão definir-me diante da imensidão de mulheres que habitam o meu corpo carnal. Me vejo em quatro, cinco, dez, cem. Depende do momento. Sou almodoviana, freudiana, bocaggiana. Meio Clarice Lispector e e completamente Greta Garbo. Pagu poderá ter sido eu em numa encarnação passada. Depende do seu empenho em querer ver-me, ouvir-me, ou sentir-me. Depende do dia da lua, pois minhas funções se dão como ela em ciclos. Sou naturalmente uma deusa e prazerosamente humana. Sei que meu cheiro é bom e que minha voz pode ser suave. Amo as gentilezas mas nem sempre confio nos elogios. Prefiro qualquer espelho e a realidade mostrada nele. Preservo a solidez das amizades, mas também sou escrava da intensidade das paixões que podem ser de todos os tipos. Paixão pelo céu azul que vejo pela minha manhã clara e evidente. Ou por um beijo que certamente irá desmontar-me. Me vejo na beleza das coisas e na sinceridade das palavras. Tenho rompantes e posso pecar por isso. Amar é a minha determinação, o meu lema. A intensidade, meu sobrenome. Tenho como refúgio a maturidade. Nela me seguro e resguardo meus pensamentos. Deveriam ser assim com algumas ações, mas me encaixo na inquietude de ser evolucionista e sigo em frente. Não tenho medo das pessoas nem do que elas sejam. Tenho receio sim de más interpretações e pré julgamentos torpes. Tenho imaginação fértil. Nunca vou me permitir se não for isso que eu queira. Viajo sem sair do lugar, mantendo os pés no chão e a cabeça nas nuvens. Aterrissando idéias estúpidas ou brilhantes.
Escrevo quando estou insana, escrevo quando estou serena. Escrevo o que vejo e o que não sinto. Escrevo também o que vejo os outros sentirem. Escrevo o hoje, o amanhã e o até mais tarde. Escrevo por amor, escrevo por ócio, pra parir e rir! Escrevo porque gosto. Escrevo pra conquistar. Mas nem sempre faço questão de ser entendida.
Possuo um lado que mora na intuição, que constrói defesas e me ajuda a acertar. Moro no meio termo, assim paradoxalmente. Os extremos me atraem, mas são-me raros. Posso tanto querer caminhar entre as estrelas como tomar banho de mar e isso tudo no mesmo dia ou no mesmo lugar. Preservo um mundo da lua onde só se predomina o amor. Sendo eu deste, sua serva. Minhas asas de liberdade moram na incrível jornada de decifrar-me. Não gasto empenho em descobrir os mistérios do mundo, mas em desfrutar dos meus próprios.
Quase um puzzle. Nível difícil.
Balança perseverante. Exposição de sorrisos. Sendo o ar que alimenta o fogo, recebe oxigênio da terra, está contido na água e é parte do meu espírito.