Keep walkin'

Eu nunca havia acreditado em Deus de verdade até percebê-lo na minha vida, no meu dia a dia, mas minhas escolhas mais bobas. Daí, veio uma certa agonia, um desconforto e ao mesmo tempo, claro, aquela redenção que eu tanto procurava.
Aí toda vez que lembro dele não é apenas como se ele voltasse a existir, tudo sempre existe o tempo todo, independente das minhas escolhas, das minhas vontades. É tudo tão inóspito e fantástico ao mesmo tempo.
Acho que pela primeira vez (de várias primeiras vezes) consigo deixar as coisas acontecerem por elas mesmas. Mas como eu explicaria isso sendo que o simples fato de afirmar já poderia ser uma tentativa de controle. Apenas já não me apego a tantas mudança, levo em consideração todas as experiências relativas a impermanência do ser, das coisas e do fato de que nada nos pertence e a sensação de posse é mera ilusão.
Se existe em mim amor, jamais poderia morrer ao te ver partir. Jamais morreria ao me deixar partir.
O amor é um lago cristalino onde nele residem todos os nossos sonhos e desejos mais íntimos, espelhados e espalhados, como lágrimas que lavam a alma e nos deixam leves. Como o pouso do olhar dentro das retinas da nova mãe ao enxergar pela primeira vez o seu filho.
É calar sentimentos que já não sentem tanta necessidade de gritar, mas que apenas se transformam em verdades que cabe apenas a qualquer um, sendo eu você, aqui ou acolá. Independente do idioma que você fala, ou das roupas que você usa. Do esporte que você pratica ou da religião que segue. Há algo dentro de todos que brilha incessantemente sem mesmo pedir a sua permissão. Quando a hora certa chega, tudo torna-se luz e o inevitável acontece.

Acorde, estou a enxergar o caminho. O lá(r) já é aqui.



Continue andando...

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