Forgive.

O interessante é que se fala o tempo todo em impermanência, mas quando ela vem feito tsunami, é difícil aceitá-la. Oquei. Mas a mágica mora exatamente aí. O que foi ontem, jamais poderia estar no amanhã junto comigo. Pois talvez nem eu mesma esteja.

Não sinto a vida escapar por minhas mãos como antes pois sei que nelas nunca estivera. Prazer eu sinto quando as coisas vão como desejo, quando não preciso me esforçar muito pra tê-las, mas te digo aqui que é tudo ilusão. Tudo faz parte da minha iusão mais verdadeira. Da minha vontade primeira, daquela nos é tão difícil de desapegar.

Sabia que a coisa tava mudando. Sinto acontecendo sempre. O que me é cego é o como. Não consigo raciocinar mais nada. Até porque nem vale a pena, não quer dizer nada, como o tudo é também vazio.

Quero pedir perdão a mim mesma, a Deus e a todo esse fluir pulsante que está contido em todas as coisas. Peço perdão por mim e pelos irmãos, que se encontram do lado de cá da margem do rio, onde eu também estou e daqui só irei, quando puder levá-los comigo.

A importância das coisas só vejo no amar. Amar até a rudez. Amar incondicionamente os meus defeitos. Os seus e os de quem quer que seja. Somos espelhos refletindo um no outro. Nossa nova velha maneira de ser sempre assim. Pura e essencialmente: humana.


Forgive them father for they don´t know what they do.

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