Mãe no inverno dos 26.

Minha garganta dói só de pensar em falar com você. E isso tudo porque eu nem preciso abrir a boca, mas escancaro os dedos, pois distância não nos falta!
Sinto o vazio de você. Mas que falta me faz sendo que nunca nada preencheu? Ajudou sim, a manter muitos sentimentos aflorados e idéias mirabolantes na cabeça. Nada que fizesse mal. O que acontece é que no presente do agora, minha alma já não se engrandece tanto. Estou cansada.
Sinto a alma carregada de emocionalidade. Nada disso você parece não compreender porque não vejo troca. Existe apenas aos meus olhos uma via de mão única, onde a única mesmo sou eu a sonhar e a me desviar dos obstáculos que vou encontrando.
Não acho que deva ser culpa de alguém, mas há uma certa falta de interesse e disso eu quero mais distância ainda, pois asas em mim crescem e preciso de espaço para mantê-las.



Dizer que quero esquecê-lo é mentira. O que quero é não descobrir mais você em mim.
Não tenho mais tempo, agora sou mãe no inverno dos 26.


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