Trend is #to be better!

Enquanto o mundo gira ao meu redor sinto náuseas como se estivesse grávida de mim mesma e das minha sombras. A lua me encobre, me adormece, continuo firme e convicta. As escolhas acontecem de forma continuamente racional. O que parecia antes já não me pertence mais e a caminhada continua.
Ouço muitas falas. "Só acho que é muita opinião". É, eu realmente acho isso. Prefiro fazer escolhas minhas, mesmo elas durando o tempo que eu determinar. O chão quem escolhe sou eu. Deste eu a decolar ou estribuchar-me. Tanto faz. A realidade aqui é minha, assim como todos os pontos de vista existentes no mundo.
Encontrar-me sozinha é coisa natural. Quantos seres humanos existem apenas quando queremos ser nós mesmos? Hoje vejo que assim como eu, todos são iguais no egoísmo que dificilmente se consegue disso, fugir. A luz só atinge até onde necessitamos enxergar e isso não faz ninguém melhor do que ninguém. Não há lições aqui. Somente aprendizado.
Deixo o barco correr porque não sei nadar. Deixo as especulações pra quem está de fora e alguns abrações que presumo ter quando precisar. Deixo as opções pras escolhas e a hora certa pra quando tiver de ser. Se o mês é o da vez, quem vai me dizer? Algo guardado dentro de mim continua a querer revelar-se nos outros. É mais ou menos assim que acontece.
Tremo ao recitar um poema. Choro por me sentir cansada. Sinto-me mal em fazer alguém esperar. Ouço o que se tem pra dizer mas nem tudo levo em consideração. O mundo inteiro tem língua e voz, mas eu seletivei meus tímpanos. São todos clássicos aos meus ouvidos. Tenho asas. E a direção do vento é que me leva (junto com os sonhos).



É nuvem passageira!



* * *



- que tudo se foda,
disse ela,
- e se fodeu toda.

leminski.