Wild flowers

Que vontade de ir embora daqui. A dor e a saudade invandem meu peito e eu tento me esquivar delas, mas não há nome nem modo de fazê-lo.
Sinais de ida me parecem mais azuis do que os de ficar. A jaula mestre da mente quer se quebrar e eu, por mais que tente parecer feliz, me torno invisível.
Desenho. A mesa fica colorida, mas a onda do cérebro ainda é preto e branco. De que me adiantaria viver nesse mundo de fantasia pra sempre se eu, sou sempre a própria fantasia? O não estigma, a invenção. Vontade de criar o tempo todo, de modificar as coisas, outra visão. Ai, vai, deixa eu ficar Odara, que é pro mundo ficar Odara, pra ficar tudo jóia rara, qualquer coisa que se sonhara. Canto, mas nesse momento não danço. É por isso que não dara.
Ora, mais senhorita, tenha paciência! Não vieste dos campos elísios, não tens controle sobre a sociedade, o mundo! Mas, que tipo de ser é você afinal?
Provavelmente um ser nada, um ser apenas espectro e passagem. Transitória e impermanente. Assim com eu, a própria escuridão e a luz.

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